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Frigorífico Redentor atrasa salários não recolhe FGTS e demite 300 trabalhadores

O frigorífico Redentor, de Guarantã do Norte, entrou em recuperação judicial em fevereiro deste ano. Entretanto, a empresa vem atrasando salário e não recolhendo o FGTS [Fundo de Garantia por tempo de Serviço].


No dia 29, o frigorífico fez demissão em massa de cerca de 300 funcionários do setor da desossa. Para o advogado do Sintracal [Sindicato que representa os trabalhadores das indústrias de carne do Portal da Amazônia], Dr. Luiz Cuissi, o Redentor não está cumprindo sequer as regras da Recuperação Judicial.


A rescisão dos contratos de trabalho dos trabalhadores foi feita, sob muito protestos e revolta dos funcionários e do Sindicato, nesta quinta-feira, 8, porque também não fez o pagamento da verba rescisória.

 

“Quando a empresa está em processo de Recuperação Judicial deveria, no mínimo cumprir as obrigações trabalhistas. E o frigorífico está com dois meses de salário dos funcionários em atraso e três meses de FGTS sem depositar e o 13º salário dos funcionários. A empresa não vem cumprindo com os requisitos da recuperação judicial e nem com os direitos básicos dos trabalhadores”, enfatiza Luiz Cuissi.


A rescisão foi feita devido pressão do Sintracal, para que os trabalhadores pudessem dar entrada no Seguro Desemprego e diminuir o impacto da decisão.

 

“Trata-se de uma demissão em massa e o Sindicato já protocolou duas ações para fazer os desbloqueios e antecipar o pagamento dos trabalhadores. E também já está providenciando outras ações por conta da demissão coletiva. Infelizmente, o frigorífico Redentor, em Recuperação Judicial, deixa de cumprir com suas obrigações trabalhistas com duas folhas de salário em atraso”, observa o advogado.


Conforme ele, o Sindicato aguarda ainda a Assembleia Geral da Recuperação Judicial, mas já se posicionou como representante dos trabalhadores do setor,.Levando em consideração os fatos, a tendência é que a situação do Frigorífico Redentor, caminha para uma falência, porque a empresa não tem mais condições de administrar a indústria.